sábado, outubro 06, 2007

Café com Praia


Aqui, no café, procuro sempre desviar assuntos que envolvam política, desastres, etc e tal.
Sou adepta do "fazer mais, falar menos".
Acabei revendo conceitos, revendo o viver em paz.
Não vou levantar nenhuma bandeira.
Quero apenas que a poesia e afins
entre por esta porta e cubra a realidade!
Tape de ilusão os buracos que, lamentávelmente, não conseguimos cobrir.
Porque tem coisas que só a poesia consegue explicar...
quando retrata a tristeza da forma mais bela.
Assim, sem pressa, bem de mansinho...na beira do mar!
***
"...Que amargura em ser desertos!
Meu rosto a queimar, queimar,
Meus olhos se desmanchando
- roubados foram do mar.
No infinito me consumo:
acaba-se o pensamento.
No navegante que fui
sinto a vida se calar.
Meus antigos horizontes,
navios meus destroçados,
meus mares de navegar,
levai-me desses desertos,
deitai-me nas ondas mansas,
plantai meu corpo no mar.
Lá, viverei como as brisas.
Lá, serei pura como o ar.
Nunca serei nessas terras,
Que só existo no mar."
[Elegia - Zila Mamede]



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