terça-feira, novembro 14, 2006

Café com Danaides



As 49 cinzas ficaram espalhadas
pelo chão.
O peso da nossa gente
só desce a ladeira,
mas dá para chegar na pedreira.

Elas estão por lá.
Depois de ter contado as
300 borboletas
fui dormir.
Encomenda feita.

Numa pequena porção de mim,
Não mato as verdades.
Nossas vontades.

Muitas vaidades
Danaides.


Lenda ligada à cidade de Argos

Danaides

Épafo casou-se com Mênfis, filha do deus-rio Nilos, e teve numerosos descendentes. Os mais importantes foram Agenor, rei de Tiro (Fenícia), pai de Cadmo e de Europa, e Belo, rei do Egito e pai de dois filhos gêmeos, Egito e Dânao. Egito teve cinqüenta filhos, os egiptíades, e Dânao, cinqüenta filhas, as danaides (nos dois casos, é claro, de diferentes mulheres).
Dânao reinou sobre a Líbia, e Egito sobre o Egito, mas um dia se desentenderam e entraram em guerra. Dânao, derrotado pelos aguerridos egiptíades, teve de fugir sozinho com as filhas para Argos, terra de seus ancestrais. Dânao e suas filhas foram bem recebidos pelo povo argivo, e Dânao acabou se tornando rei de Argos.
Naquela época, a região estava privada de água por causa de Posídon, ainda enraivecido por ter perdido o patronato de Argos para a deusa Hera. Tudo se resolveu, no entanto, quando o deus se enamorou de uma das danaides, Amímone, com quem teve um filho, Náuplion, o fundador da cidade de mesmo nome.
Mas, um belo dia, os egiptíades apareceram em Argos, propuseram ao tio uma reconciliação e pediram, ainda, as cinqüenta danaides em casamento.
Dânao aparentou concordar, mas presenteou cada uma das danaides com uma adaga e ordenou-lhes que matassem os maridos na noite de núpcias.
Quarenta e nove danaides obedeceram, e quarenta e nove egiptíades foram assassinados. Somente Hipermnestra, a filha mais velha, poupou o marido, Linceu, por quem acabara se apaixonando. O velho Dânao quase matou a filha e o sobrinho-genro mas, por fim, acabou se entendendo com eles.
Quanto às quarenta e nove danaides, sua punição foi terrível: os deuses condenaram-nas, no Hades, a encher de água um vaso cheio de furos durante toda a eternidade.

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