Café com dardos
É! Ele fica do lado de lá
Um amontoado de horas autênticas
minutos feitos sonetos
É ele que me faz fugir da rotina
do primeiro tempo
do primeiro tempo
primeiro instante
Prefiro
Porque é no dia atípico
que nascem as poesias
[Como se fossem de mármore
os dardos duram dentro de mim
perfeitos
E aprendi com eles a lançar-me
e aprendi com eles a ter medo
a me esconder dos nomes
fugir das luzes fortes
e da insensatez dos automóveis
Aprendi com os dardos
uma espécie de vida iluminada
uma sutileza para arremessos
estratégias de ataque
fugas
um modo impecável de me abrigar da chuva
E aprendi também uma crueldade
e uma coragem toda feita de começos]
Iracema Macedo
1 Comentários:
Dardeante, como se lança fosse.
Beijo, Tam.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial