segunda-feira, junho 18, 2007

Café com dardos


É! Ele fica do lado de lá
Um amontoado de horas autênticas
minutos feitos sonetos
É ele que me faz fugir da rotina
do primeiro tempo
primeiro instante
Prefiro
Porque é no dia atípico
que nascem as poesias

[Como se fossem de mármore
os dardos duram dentro de mim
perfeitos
E aprendi com eles a lançar-me
e aprendi com eles a ter medo
a me esconder dos nomes
fugir das luzes fortes
e da insensatez dos automóveis
Aprendi com os dardos
uma espécie de vida iluminada
uma sutileza para arremessos
estratégias de ataque
fugas
um modo impecável de me abrigar da chuva
E aprendi também uma crueldade
e uma coragem toda feita de começos]

Iracema Macedo





1 Comentários:

Às terça-feira, junho 19, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Dardeante, como se lança fosse.
Beijo, Tam.

 

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