terça-feira, agosto 12, 2008

Café no Louvre



-Brasília, depois Paris.

-Faz tempo?

- Não, ontem.

-Ahhh não tem pró nos feriados, finais de semana um lá outro cá, você pega um vôo para vê-la, e conversam talvez ela desista de ir para mais longe.

-Eu até que iria, se não tivesse escutado o que eu escutei quando ela partiu (fala com os olhos cheios de lágrimas)

-xiiii...

A estrada, a distância, os anos luz, a flor de Lis; acaso, ou seria destino? Lis só se deu conta que o mundo era grande quando partiu e não quis olhar para trás, levando na mão uma flor amarela.

Na bolsa um par de tênis, 3 calças, 4 blusas, 4 calcinhas, alguns cosméticos,R$8.000 que conseguiu pela venda do seu companheiro de aventuras, o celtinha. Na cabeça, a estrada que começava ali, algumas decepções, um sonho e a vontade e coragem que teve para desbravar o mundo, a vida.

O cara das lágrimas? Se arrepende até hoje por não ter dito o que queria e o que sentia antes dela partir.

Ela? Talvez esteja no Le fumoir, em frente ao museu do Louvre e a dois passos do rio Sena, ou Parisiando por aí, em alguma ponte com algum amante.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial