Café no Louvre
-Brasília, depois Paris.
-Faz tempo?
- Não, ontem.
-Ahhh não tem pró nos feriados, finais de semana um lá outro cá, você pega um vôo para vê-la, e conversam talvez ela desista de ir para mais longe.
-Eu até que iria, se não tivesse escutado o que eu escutei quando ela partiu (fala com os olhos cheios de lágrimas)
-xiiii...
A estrada, a distância, os anos luz, a flor de Lis; acaso, ou seria destino? Lis só se deu conta que o mundo era grande quando partiu e não quis olhar para trás, levando na mão uma flor amarela.
Na bolsa um par de tênis, 3 calças, 4 blusas, 4 calcinhas, alguns cosméticos,R$8.000 que conseguiu pela venda do seu companheiro de aventuras, o celtinha. Na cabeça, a estrada que começava ali, algumas decepções, um sonho e a vontade e coragem que teve para desbravar o mundo, a vida.
O cara das lágrimas? Se arrepende até hoje por não ter dito o que queria e o que sentia antes dela partir.
Ela? Talvez esteja no Le fumoir, em frente ao museu do Louvre e a dois passos do rio Sena, ou Parisiando por aí, em alguma ponte com algum amante.
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