segunda-feira, dezembro 11, 2006

Café com desejos


Desejos vãos

Eu queria ser o mar de altivo porte
que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a pedra que não pensa
a pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o sol, a luz intensa
o bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e tensa
que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza
abrem, aos céus, os braços, como um crente!
E o sol, altivo e forte, ao fim de um dia
tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras
essas...
pisa-as toda a gente!

[Florbela Espanca]

3 Comentários:

Às segunda-feira, dezembro 11, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

ei, esquece essa doideira ae!!!bora pra pipa esse fim de semana!!
beijao!

 
Às segunda-feira, dezembro 11, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Mar, pedra, sol, árvore...

Doces ilusões.

Mas como negar que sempre haverá a fortaleza e a fragilidade?

(suspiro)



Gostei do poema Tamara. :)

Bjus

 
Às segunda-feira, dezembro 11, 2006 , Blogger ARA TELES disse...

ah, mas é mto intensa.
adorei.
addddddddddorei os novos textos!

 

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