café com licença
silença, intensa.
eu apenas levo no coração as imagens, os sons, as cores que não me furtam nunca
e afirmo, com toda a certeza, que foram muitas belas delas versos imagens, as amarelas também.
os cheiros de orvalho, maresia e hortelã eu sempre sentirei.
eu desenho sentimentos na pele, carrego amuleto no peito.
faço vigília, fecho janelas, me debruço.
continuo sonhando desesperadamente como que se fugisse da morte alheia
e não me permitindo é quando eu mais me permito.
meus rios, minhas beiras, meus portos, cais.
tanto muito de nada que conheço; tanto pouco da imensidão de viver o amanhã imaginado.
que a energia que não me repele continue curando a vida minha.
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