sexta-feira, setembro 28, 2007

Café com Ungaretti


Mattina

M' illumino
d' immenso
[Giuseppe Ungaretti]

quarta-feira, setembro 26, 2007

Café com Clarice


"... eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."

[Clarice Lispector]

* Dedico à Escossinha

domingo, setembro 16, 2007

Café com domingo


Nada contra os domingos, às 17:30.
Se quiser
vir
venha
às 17:30
no domingo
e sem meias.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Café com Nutella


Neste ano tomei vários cafés.
Com eles... muitos trajetos,
experiências válidas, erros, acertos.
Mas, o novo café, tomado diariamente com doses de empolgação,
criatividade e convicção me fez acreditar que arriscar é o primeiro passo para realizar.
Tenho dito: tudo que me encanta, engulo e devolvo para o mundo, amém!


quarta-feira, setembro 05, 2007

Café com Anônima

Sem choro nem vela
só leva no pulso
uma fita amarela

Em cada par de mãos
deixa ingraditão
livro que lês

anônima



segunda-feira, setembro 03, 2007

Café com Dylan

Seu processo criativo consistia numa ininterrupta construção e destruição de imagens que saem do núcleo central que é, ao mesmo tempo, destruidor e construtivo...
Assim dizia o próprio Dylan Thomas, poeta nascido no País de gales.

Bob Dylan "herdou" seu primeiro nome
e um quê de Thomas em suas composições.


Em Meu Ofício ou Arte Taciturna

Em meu ofício ou arte taciturna
Exercido na noite silenciosa
Quando somente a lua se enfurece
E os amantes jazem no leito
Com todas as suas mágoas nos braços,
Trabalho junto à luz que canta
Não por glória ou pão
Nem por pompa ou tráfico de encantos
Nos palcos de marfim
Mas pelo mínimo salário
De seu mais secreto coração.

Escrevo estas páginas de espuma
Não para o homem orgulhoso
Que se afasta da lua enfurecida
Nem para os mortos de alta estirpe
Com seus salmos e rouxinóis,
Mas para os amantes, seus braços
Que enlaçam as dores dos séculos,
Que não me pagam nem me elogiam
E ignoram meu ofício ou minha arte.

[Tradução: Ivan Junqueira]