Café com o Poeta

A Chuva
La Lluvia
Jorge Luis Borges
Bruscamente o ar se fez iluminado
Porque já cai a chuva minuciosa.
Cai ou caiu. A chuva, por enganosa,
É uma coisa que ocorre no passado.
Quem a ouve cair crê resgatado
O tempo em que a sorte venturosa
Lhe revelou uma flor chamada rosa
E a curiosa cor que é o encarnado.
Esta chuva, que cega o cristal, há de
Alegrar em perdidos arrabaldes
As negras uvas de uma parreira e o seu
Pátio que já não existe mais. Molhada
Traz-me a tarde de volta a desejada
Voz - a voz do meu pai que não morreu.
[A Luís de França Martins(In Memoriam), em Antologia Poética de Tradudores Norte-rio-grandenses - Organização de Nelson Patriota - Tradução de Jarbas Martins]
Café com Mágica

"É de mágica que ela dobra a vida em flor, assim..."
Café com Amarelo
Amarelo não é uma cor sem graçaÉ singela, sincera.Vai lá - sem demagogias, sem ironias.
Gira gira sol
Escute, sinta
Pinceladas de alegria, sonhos e energias fazem bem.